Uma nova geração de gigantes da tecnologia ganha cada dia mais força no continente asiático (e na China em particular), os Super apps ou super aplicativos. Eles invadiram e tomaram um espaço até então dominado por grandes bancos e instituições financeiras. O país hoje abriga a maior plataforma móvel e de pagamentos mundial, além da fintech mais valiosa do mundo, com um valor de mercado de cerca de US$ 150 bilhões, a Ant Financial. O WeChat e o Alipay juntos têm uma penetração de mais 93% da população chinesa no que se refere a pagamentos móveis.
Se você mora no mundo ocidental, já deve ter ouvido falar nos super aplicativos. Se você mora na China, provavelmente passa a maior parte do seu ‘tempo de tela’ usando um. O modelo de negócio dominante aqui são os super aplicativos, com várias ofertas de produtos em diferentes setores e serviços, atendendo às mais diversas necessidades de um cliente. Os usuários podem efetuar pagamentos, receber um empréstimo, solicitar e gerenciar múltiplos produtos financeiros, no mesmo local em que agendam uma carona ou marcam uma consulta médica.
Mas afinal, o que tornam estes super aplicativos tão revolucionários?
Os super aplicativos são verdadeiras plataformas onde os usuários, através de um portal ou interface única, acessam uma ampla variedade de produtos e serviços virtuais. Os apps mais sofisticados – como o WeChat e Alipay – agrupam mensagens online (semelhantes ao WhatsApp), mídias sociais (similar ao Facebook), programas de fidelidade, comércio virtual (como Mercado livre) e serviços de transporte (tal como o Uber). Um aplicativo, um login e uma experiência do usuário para praticamente qualquer produto ou serviço que um cliente possa desejar. Um modelo único de identidade digital (ou login único) através do APP, além da integração de vários serviços através de uma wallet ou carteira digital.
Pensar em super apps é pensar em estar presente e conectado na vida diária dos clientes. É entregar produtos, serviços e experiências que os consumidores tenham acesso de forma simples, fluída (e sem fricção), a qualquer momento e de qualquer lugar, através de um aplicativo na palma de sua mão. E para se tornar um verdadeiro super app é fundamental o estabelecimento de um ecossistema vibrante de empresas e parceiros dispostos a colaborar, disponibilizar e consumir estes mesmos produtos e serviços através de uma incrível plataforma digital. Verdadeiros marketplaces conectados na vida das pessoas.
Se vamos acompanhar o modelo chinês de Super Apps (com 2 ou 3 players dominando o mercado) ou se vamos seguir uma linha diferente aqui no Brasil, onde vários grandes players estarão presentes na vida das pessoas para atender às demandas mais específicas dos consumidores, vai ser muito influenciado por questões culturais, hábitos de consumo e estratégias de mercado. Com certeza, só o tempo trará esta resposta.
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Muito boa a materia!